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terça-feira, 19 de março de 2013

Projeto Medicão - Cães que auxiliam na recuperação assistida

Já comentamos muito aqui no Click Pata sobre o trabalho da Terapia Assistida por Animais e seu importante papel na recuperação de tratamentos médicos e terapêuticos.

Acreditamos muito nos resultados e benefícios que a interação com animais possa trazer às pessoas, não só àquelas que estão passando por tratamentos médicos, mas para todo e qualquer ser humano, a convivência com animais é um aprendizado contínuo, além de nos proporcionar bom humor e incontáveis momentos de alegria.

É por isso que no post de hoje abordamos mais uma vez o importante trabalho de terapia assistida por animais realizado pela Medicão.

A Medicão é uma das principais associações existentes na execução de trabalhos de Terapia Assistida por Animais.
O serviço prestado é totalmente social e voluntário, não existindo ônus para quem recebe.

O início
Utilizar animais para fins terapêuticos pode não parecer uma ideia tão original, tendo em vista a quantidade de estudos e os avanços da ciência sobre a temática. Encontrar, no entanto, fundações e ou organizações que lidem com essa modalidade terapêutica profissionalmente pode ser uma tarefa embaraçosa. Em função da complexidade inerente a atividade, são poucos os que tem disposição para se dedicar ao ofício.
Não é o caso do adestrador e cinotécnico Hélio Rovay Junior, que a pouco mais de dez anos decidiu encabeçar o “Projeto Medicão Terapeuta Multidisciplinar” na cidade de Campinas (SP). “Comecei sozinho. Eu e uma cadela da raça labrador atendíamos cerca de seis crianças com síndrome de down em um instituto assistencial da cidade”. Ele explica que depois de um tempo os trabalhos na instituição foram parados, principalmente pela falta de estrutura. “Sozinho eu não conseguia dar a continuidade que o projeto merecia ter”.

A partir desse ponto, Rovay procurou formas de reestruturar o projeto, para que alas de instituições com um número maior de pacientes pudessem também usufruir os benefícios da visita dos animais. Desse período de incubação, foram tomadas medidas que nortearam um novo horizonte para o projeto, possibilitando o aumento de sua área de atuação.

MEDICÃO
Buscando melhorar a qualidade de vida dos pacientes e auxiliar em seu processo de recuperação, o Projeto Medicão ajustou seu foco para contemplar pessoas de todas as idades. Além das crianças, jovens, adultos e idosos também podem se beneficiar com as visitas feitas pela equipe. Equipe que, aliás, foi outra das mudanças do projeto. Antes sozinho, Rovay conta hoje com 40 pessoas, entre voluntários e profissionais da área de Pedagogia, Psicopedagogia, Fisioterapia, Terapeutas Ocupacionais, Veterinários e Administração.

O período de reformulação também permitiu a Rovay a preferência de três frentes principais de atuação: o atendimento a hospitais e instituições carentes que visa beneficiar aqueles que necessitam; o atendimento em escolas, com o objetivo de melhorar o rendimento dos alunos através da interação com os animais e também as palestras em universidades para difundir o trabalho do projeto e “conscientizar futuros profissionais dos benefícios em utilizar os cães terapeutas”.
Tanto deram certo as novas diretrizes do projeto, que a área de atuação dos cães cresceu não só na cidade de Campinas, mas também em mais sete cidades: Itu – Instituto de Cegos Santa Luzia; Sorocaba – Instituto de Cegos ASAC; Piracicaba – Hospital da Unimed; Salto - ADEVISA ( deficiência visual ); São Paulo - IOT USP; Jundiaí - Idosos e Sindrome de Down.

Em Campinas as instituições atendidas na área da saúde e recuperação são o Hospital Celso Pierro, Instituto SER (Autista) e o CEI – Centro Educacional Integrado (deficiência mental e física), na área pedagógica a instituição de ensino fundamental Colégio Provecto e Lar dos Velhinhos (atendimento a idosos). Em Valinhos o trabalho é realizado no Lar dos Velhinhos de Valinhos (Idosos).

Além do pioneirismo no Brasil na utilização de cães em escolas, o Projeto Medicão também atua no Instituto Pró Visão que atende e auxilia tanto na prevenção da deficiência quanto no atendimento a pessoas cegas ou de baixa visão, sendo assim a única equipe atuante no Brasil dentro de uma instituição de cegos com cães.

A coordenadora técnica do Instituto Cristina Von Zubem, destaca que “o animal passa a ser objeto de afeto, mas também doador de afeto e para os deficientes essa ligação afetiva com o animal é ainda mais forte, já que outras relações de afeto – como sorriso de um colega – não pode ser desfrutado em função da cegueira”. Ela também conta que o projeto é um sucesso e que não existia antes um como este com o nível de organização que ele tem hoje.

Cães
Se o número de pessoas envolvidas no projeto aumentou, a matilha também cresceu. Hoje o projeto conta com 27 animais, dentre eles Golden Retriever, Labrador, Cocker Spaniel, Buldog Fracês, Bernese, Collie, Maltês, Duchound, Shitzu, e Vira Lata (SRD), todos devidamente nomeados. Além destes, outros seis cães estão em processo de avaliação e treinamento qualificado para literalmente vestirem a camisa do projeto e integrar a seleção.

O termo seleção, neste caso, não pode ser considerado uma simples analogia. O adestrador e cinotécnico explica que há realmente requisitos básicos sem os quais o cão fica impossibilitado de praticar as visitas. “Ele deve ser um cão confiante, estável. Não pode ser medroso ou tímido e deve permitir receber carinhos sem reagir de modo agressivo”. Os carinhos citados não ficam apenas em afagos. “No adestramento, puxo orelha, o rabo... O cão terapeuta deve permitir esse tipo de interação sem reagir agressivamente”.

Após a peneira, os cães selecionados têm dieta especifica, além da aplicação de medicamentos contra parasitas, vermífugos entre outros. A rotina no dia de visitas ainda inclui um banho detalhista, com produtos especiais hipoalergênicos, que permitem tanto a segurança dos cães quanto das pessoas com as quais eles terão contato.

Resultados
A médica infectologista Maria Fernanda atua diretamente com o Projeto Medicão no Hospital Celso Pierro. Ela explica que esse projeto de terapia com cães já é consagrado em função do bem-estar que os animais causam na visita. “O toque do paciente no animal combate a sensação de solidão, abandono, auxilia na interação social, diminui os níveis de pressão e pode diminuir até mesmo a dor”.

Para o fundador do projeto, trata-se de um trabalho minucioso, mas que garante benefícios sem tamanho tanto aos pacientes quanto à sua equipe. “Nós sempre usamos a frase que juntos nós fazemos a diferença. Esse trabalho é que dá a sensação de missão cumprida. São pequenas ações, pequenos milagres que influenciam na vida de pessoas. A equipe, junta, faz a diferença mesmo”

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#clickpata

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